Apesar de ser uma prática comum e socialmente aceita, o consumo de bebidas alcoólicas pode trazer graves consequências ao corpo humano. Além da dependência e de trazer problemas no fígado, a visão também pode ser prejudicada.
Do total de álcool que ingerimos, apenas 5% costuma ser eliminado pela transpiração, pela saliva ou pela urina. O restante é absorvido pelo corpo e acaba indo para a corrente sanguínea. À medida que aumenta a quantidade de álcool no cérebro, outros neurotransmissores são afetados, e a pessoa, além dos efeitos sob o humor e o estado de atenção, começa a perder o controle da sua coordenação motora.
Além dos prejuízos sensoriais e cognitivos, o sistema visual sofre alteração.
É comum que a visão fique dupla e embaçada e que a noção de distância e profundidade também fique afetada, pois os músculos que controlam o foco da visão são comprometidos pelo efeito do álcool.
Alguns outros sintomas também podem ser observados nos olhos após o consumo de álcool. Por exemplo, a vermelhidão. Isso acontece por causa da redução da quantidade de oxigênio nos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pela dilatação dos vasos sanguíneos, que ficam na parte branca dos olhos, a esclera. Outro sintoma que não pode ser observado por quem está de fora, mas pode ser sentido pela pessoa alcoolizada, é o estreitamento do campo visual. É comum que tenhamos a impressão de uma visão em túnel.
O consumo frequente e em quantidade significativa de álcool pode elevar a pressão ocular, resultando em danos ao nervo óptico, que podem causar o glaucoma. As bebidas alcoólicas, especialmente se consumidas sem moderação e por um longo período de tempo, podem causar problemas graves à saúde dos olhos. O ideal, portanto, é manter o equilíbrio nesse consumo e ficar sempre atento à saúde da visão.